terça-feira, 29 de setembro de 2009

Steve Vai - Alien Love Secrets

Gênio da guitarra. O grande Steve Vai sempre foi e sempre será um dos símbolos mais constantes da história da guitarra virtuose. Embora tenha desenvolvido um estilo único mei excêntrico e até bizarro, no bom sentido, Vai hoje já é consagrado e em cada exibição esbanja talento.

Dentre seus muitos trabalhos, desde a época em que tocava com Zappa, este álbum é um dos que mais gosto. Mostra totalmente seu estilo louco de tocar, e os impressionantes sons que só ele sabe tirar da guitarra. Alien Love Secrets já carrega no nome um pouco da loucura de Vai. Ele faz diversos experimentos estranhos, que nem sempre agradam na verdade, mas marca muito a originalidade e criatividade dele como músico excelente que é.

A primeira faixa, Bad Horsie, é bastante pesada e tem um clima bem cadenciado, com muitos sons de WahWah, que até lhe renderam o famoso pedal que leva o nome da música e a marca de Vai. Dentre todas as faixas, o destaque maior do álbum fica pra faixa final, Tender Surrender. Essa música é imprescionante, tanto na beleza da melodia quanto na técnica aplicada por Steve Vai. É com certeza uma das melhores composições de Vai.

Altamente recomendado para fãs e para quem ainda não teve o prazer de conhecer a arte magistral do Mega guitarrista Steve Vai. Confesso que tive um pouco de dificuldade de curtir o álbum logo de cara, mas da segunda vez que você escuta em diante, cada detalhe da cada música torna-se muito interessante e agradável. Vai mostra um estilo meio incomum, diferente do que a gente normalmente escuta por ai. E talvez esse seja o grande trunfo desse álbum, justamente a originialidade, a criatividade e a técnica apurada de um mestre, que se manifestam ao longo das 7 maravilhosas faixas. Vale muito a pena conferir.

Steve Vai - Alien Love Secrets
1 - Bad Horsie
2 - Juice
3 - Die to Live
4 - The Boy from Seattle
5 - Ya-Yo Gakk
6 - Kill the Guy with the Ball - The God Eaters
7 - Tender Surrender


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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Guitarra Interativa - Guitar Shred Show

Fiquei impressionado com esse site. Achei a idéia bem interessante e de muito bom gosto. Guitar Shred Show é muito divertido, não só pra quem já toca mas também pra quem não toca nada.

A idéia é de um cara chamado Mika Tyyska. Ele é um guitarrista finlandês muito bom, formado também na área de design gráfico. Ele juntou suas duas paixões e criou um site interativo onde mostra suas composições e ensina um pouco de teoria musical.

Você joga um tipo de joguinho interativo, onde o guitarrista Mr. Fastfinger (rsrsrsr) passa por algumas situações onde deve utilizar sua música para vencer desafios esquisitos. Joguei na fase "The Mountain of the Tapping Dwarfes" (rsrsrsrsr), onde os anões são escravizados por um maluco que toca sanfona. É bem escrachado mas é legal. E joguei também numa fase onde você guia o Fastfinger por um tapete voador movido a licks (rsrsrsrs). Essa eu curti muito porque ensina legal sobre os modos gregos.

A primeira vista parece meio idiota, mas se você brincar por mais de um minuto, vai ficar de boca aberta. Todos os Riffs, Licks e solos foram gravados por Mika. E impressiona a habilidade do cara. Interagindo com o game, você aperta os botões do teclado para tocar a guitarra. Cada botão faz um lick, e é bem variado. O cara é bem virtuose. E teve a boa vontade de colocar as partituras e tablaturas de todos os arranjos. Tem tabém um afinador que pode vir a calhar.

Vale a pena conferir. E dar umas risadas também.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Greg Howe - Extraction


Já conhecia alguns trabalhos anteriores de Greg Howe e estava a procura de um álbum dele pra postar aqui, e por pura sorte me deparei com essa maravilha. Extraction é um álbum de Fusion extremamente técnico, um dos mais técnicos que já vi.

A primeira vez que tive o prazer de conhecer o som de Greg Howe foi no álbum do Japones Tetsuo Sakurai (baixista). O japa é uma fera, incrível. E era acompanhado por ninguém menos que o montro Dennis Chambers na batera. Eu adorei aquele álbum e prometo postar assim que possível. Quando vi o Extraction, com Dennis e Greg na capa, já sabia que não seria nada menor do que espetacular. Mas pra minha surpresa, outro nome de peso estava na capa, e é ninguém menos que Victor Wooten, um dos mestres do Contra-Baixo.

Sobre o som, é fusion puro. Muito bem tocado, com arranjos absurdos pra tudo que é lado. Pra mim, a cozinha mais absurda que ja vi está nesse álbum. Toda hora tem solos, e cada hora é um instrumento que brilha. É legal que os caras conseguiram balancear bem as composições, algumas horas bem rápidas, outras melódicas, outras bem suingadas, e até vemos Greg Howe flertando um pouco com um violão na música "A Delicacy". Apesar de Fusion, esse álbum cria um certo "ecletismo" dentro do esilo, simplesmente por ter músicos de alto nível na banda.

Greg Howe mostra que estava inspirado para gravar o disco. Como guitarrista que sou, pude notar que Greg é um pouco diferente dos outros virtuoses que retalham por ai. Ele também é fritador, faz riffs e passagens na velocidade da luz, mas em momento algum ele perde a melodia. Apesar de ser um álbum instrumental, Extraction é bem legal de ouvir, não enjoa, e ainda por cima é uma aula de música.

Extraction
1 - Extraction
2 - Tease
3 - Crack It Way Open
4 - Contigo
5 - Proto Cosmos
6 - A Delicacy
7 - Luck 7
8 - Ease Up
9 - Bird's Eye View

Link - Extraction

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Pride and Glory

Mas uma vez, outro álbum de Zakk Wylde. O que posso fazer? O cara é ótimo, e em cada trabalho dele eu me surpreendo mais. Acho que nem o Ozzy sabia do talento desse cara quando o conheceu. E nesse álbum que fez depois de sua primeira passagem no grupo do Mad Man, Zakk soltou tudo aquilo que Ozzy impediu que ele usasse em seus álbuns. E o resultado nem preciso dizer que é imprescionante.

A banda Pride & Glory infelizmente só lançou esse único álbum. É daqueles históricos, como qualquer outra coisa em que Wylde põe a mão. Decidi postar esse álbum porque quase ninguém conhece, o que é estranho já que estou falando de um ótimo álbum de um Guitar Hero dos mais famosos.

Nesse álbum podemos ver toda a influência que Zakk traz da música Country raiz norte-americana. Não desanime porque eu disse isso. Eu também torci o nariz quando soube que o álbum tinha muitíssima influência country, mas Wylde com seu toque de midas transforme a música regional em Metal de ótima qualidade. É interessante o contraste do peso com os instrumentos característicos do contry / folk. Logo na primeira faixa tem um arranjo de banjo, daqueles que você não dá nada, mas quando a guitarra faz o mesmo arranjo, a coisa muda. E melhor que isso, quando o banjo faz o mesmo arranjo com uma base suja ao extremo, fica incrivelmente bom.

Zakk Wylde além de tocar demais tem uma voz poderosa, daquelas que lembram os primórdios do Blues, bem rasgada. Esse álbum, por todos os detalhes atípicos que reune, é simplesmente imperdível. Me deu uma outra visão sobre misturas de estilos e influências, onde nada pode ser considerado ruim sem antes passar pelo teste. E nesse teste, onde a mescla entre dois estilos tão distintos foi tão bem explorada, a banda de um disco só Pride & Glory conseguiu nota 10 com louvor. Imperdível, baixe logo.

Pride & Glory
1 - Losin' Your Mind
2 - Horse Called War
3 - Shine On
4 - Lovin' Woman
5 - Harvester of Pain
6 - The Chosen One
7 - Sweet Jesus
8 - Troubled Wine
9 - Machine Gun Man
10 - Cry Me a River
11 - Toe' n the Line
12 - Fadin' Away
13 - Hate Your Guts
14 - The Wizard
15 - Torn N Tattered
16 - In My Time Of Dyin'
17 - Found a Friend
18 - The Hammer n The Nail
19 - Come Together



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sábado, 19 de setembro de 2009

Tutorial - Captadores

Você guitarrista já deve saber que seu instrumento possui uma série de fatores que determinam o som que você produz. Desde a palheta até a madeira do instrumento, tudo influencia na qualidade do som. Por isso resolvi escrever sobre aquele que considero o mais determinante de todos os fatores: os captadores.

Mas o que são captadores? São aquelas pecinhas retangulares que ficam próximo da parte onde a mão direita atinge as cordas, bem no meio do corpo da guitarra. Tecnicamente falando, são bobinas, fios enrolados de forma precisa dentro dessa caraça retangular, que foram calculadas para trabalhar com a interferência dos sons criados pela vibração das cordas, transformando essa vibração em sinais elétricos.

Normalmente são utilizados em três posições:

- próximo ao braço da guitarra, chamado de rhythm, front ou neck;
- próximo a ponte onde as cordas são presas, chamado de treble, bridge ou rear;
- no meio, bem no centro do corpo da guitarra, chamado de Center ou middle.

Se você prestar atenção, até mesmo num violão você percebe que uma nota qualquer tocada perto da ponte soa bem mais aguda do que uma tocada próxima ao braço. Faça o teste caso não tenha percebido ainda. Isso mostra a primeira característica de versatilidade dos sons dos captadores, que nada mais é do que seu posicionamento. Um mesmo captador pode ter até três timbres diferentes somente pelo posicionamento junto ao corpo da guitarra. Já vi até alguns guitarristas malucos utilizando um captador literalmente no braço da guitarra, em meio às escalas. Tudo em busca de um som original.

Outro fator que muda totalmente o som de um captador é seu tipo. Vamos ver os principais:

Single-Coil: Como o nome já diz, é feito com apenas uma bobina. Por essa razão, sua característica principal é um som bem agudo e limpo. Praticamente todos os captadores Single-Coil que já vi têm certo ruído, isso porque a bobina acaba captando interferências. Até por uma questão histórica, os Single-Coil tiveram seus formatos definidos por Fender e Gibson, sendo esse primeiro o que mais se difundiu. Pessoalmente, curto muito esse tipo de captador para utilizar efeitos como alavancadas com Floyd Rose e Harmônicos, porque os Single-Coil têm características de sustain bem legais.

Humbucker: São formados por duas bobinas ligadas em série. É bem interessante, pois a corrente elétrica circula em direção oposta nas duas bobinas, e isso elimina o ruído. Diferente do single, o Humbucker tem um som bem pesado, encorpado e grave. Por experiência própria, indico Humbuckers para quem curte guitarras Les Paul, fica fantástico. E são raras as exceções que dão certo com Floyd Rose, mas com paciência pode-se achar uma regulagem boa ocasionalmente. Os Humbuckers têm vários formatos, capas e até bobinas expostas. Tem até Humbucker em formato Single-Coil, com duas bobinas sobrepostas.

Tri-Bucker: Simples definir esse. É a mistura de um humbucker com um single-coil. O preço também é uma combinação dos dois.

Quad-Rail: Combinação de quatro bobinas em dois pares, simulando dois humbuckers lado a lado.

Existem outros tipos como os Hexafônicos, o Piezo e outros, mas esses que citei são realmente os principais.

Além do posicionamento e dos tipos, os captadores também têm diferentes timbres. Os captadores Vintage são bem equilibrados no que diz respeito a timbres. Os Vintage são utilizados por músicos mais ecléticos, sobretudo jazzistas e funkeiros (não confunda com o funk do Rio de Janeiro, aquela merda, esse funk que digo é um estilo oriundo da soul music). Já os captadores de alto ganho são para metaleiros e rockeiros, pois o crunch é muito potente e equilibra bem o grave e o agudo, podendo ser usado para solos melódicos ou fritados. E os de ganho médio são indicados para baladeiros, por ter um brilho bem destacado e por ser muito bom para som limpo.

Existe um material magnético que compõem os imãs do núcleo dos captadores. Como você imagina, isso muda também os sons dos captadores. Temos dois tipos principais de materiais dos imãs do núcleo, o Alnico e o Cerâmico. O Alnico é feito de uma liga que proporciona melhor qualidade de condução elétrica. Como efeito no som, destaca os harmônicos e melhora sensivelmente a qualidade do som no que diz respeito à definição. Claro que por ser de um material excelente, o preço do captador sobe muito. Já os Cerâmicos têm um custo menor e teoricamente uma qualidade inferior, mas já experimentei cerâmicos bons, com sons suaves e definidos.

Que eu me lembre, só tem mais um fator que os captadores apresentam que tem importância grande para o som. Os captadores podem ser Passivos ou Ativos. Sem piadas, por favor. Os Passivos dominam o mercado. São captadores considerados autônomos, por reagirem bem sem necessidade de pré-amplificação. A interação com vários tipos de madeiras distintas, regulagens, amps, pedaleiras, tudo funciona bem. Destaca-se bastante porque permite uma variedade de sons somente com mudanças de regulagens básicas, sem necessidade de mexer com o captador. Não necessitam de alimentação elétrica. E o Feedback é excelente.

Os Ativos são de baixa impedância, e precisam de alimentação elétrica para funcionar. Pra mim, o grande defeito dos Ativos é o excesso de filtragem, que acaba prejudicando um pouco os sons rasgados e sustains. Mas por outro lado, não têm nenhuma interferência. Acho que é mais indicado para sons limpos, principalmente em gravações. Mas já vi gente que se deu bem com captadores ativos, que surpreendentemente se adaptaram a guitarra com sons sujos.

Se você leu tudo, obrigado pela paciência. É um assunto longo, mas bem interessante, que talvez esclareça alguns dos mistérios sobre essa peça que é fundamental para as guitarras. Lembre-se que as opiniões aqui apresentadas são meu ponto de vista, e não são regras. Cabe a você guitarrista fazer muitas experiências e depois definir sua configuração de captadores. Também não tenho intenção de promover marcas, não ganho nada com isso. Mas acho importante passar a informação adiante, como um dia me passaram.

Só finalizando, compartilhe sua configuração de captadores com a gente, postando um comentário. Talvez possa esclarecer a dúvida de alguém. E trocar idéias sempre é bom. Abaixo coloquei alguns links de sites com informações de fabricantes.

Captadores - Fender

Captadores - DiMarzio

Captadores - Seymour Duncan